Música, alegria e palavras de ordem marcaram ato político e cultural da 4ª CNGTES

Tradicional evento das conferências, ato reúne mais de mil pessoas em frente ao Museu da República, em Brasília

“O SUS é nosso, ninguém tira da gente! Direito garantido não se compra e não se vende!”. O canto entoado na manhã desta quinta (12/12), em frente ao Museu da República, em Brasília, marcou a participação de aproximadamente mil pessoas no Ato Político e Cultural da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (4ª CNGTES), organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e promovida pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde.

Delegados e delegadas de todas as regiões do Brasil se reuniram para o tradicional evento das conferências, que configura um momento de grande integração e sinergia entre profissionais da saúde, educadores e a sociedade civil, unindo vozes em prol de um Sistema Único de Saúde (SUS) mais justo, equânime e acessível. A 4ª CNGTES acontece sob um contexto histórico no Brasil, após uma série de ações que desrespeitam os direitos trabalhistas e promovem o enfraquecimento das ações de educação em Saúde.

O céu de Brasília, tão cantado em letras e músicas, presenciou não apenas a defesa intransigente de trabalho digno e decente, como o fim da escala 6X1 que está em discussão no Congresso, mas também esta valorização como centro das ações de enfrentamento às iniquidades que o país enfrenta. “Trazemos o trabalho como centralidade da democracia e educação, aliados e ferramentas nesta luta”, afirma Debora Melecchi, conselheira nacional de saúde pela Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar). “Vamos tirar do papel o que apresentamos na 16ª e na 17ª Conferência Nacional de Saúde: Não há SUS forte sem a valorização dos trabalhadores”, completa o conselheiro nacional de saúde Getúlio Vargas, que representa a Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) no CNS.

Fernando Pigatto, presidente do CNS, explicou o sentido de ampla participação social na 4ª CNGTES: “O sentido de nós fazermos uma conferência é lutar pelo SUS e por todas as pessoas que usam o SUS, que somos todos nós. Então, estarmos aqui significa reafirmarmos esse SUS que a gente acredita, que a gente luta por ele e que a gente quer fortalecer todos os dias”, disse Pigatto.

Para Francisca Valda, coordenadora-geral adjunta da 4ª CNGTES, a conferência é uma grande vitória do povo: “Hoje é um dia de muita vitória, uma jornada vitoriosa da construção da 4ª Conferência de Gestão do Trabalho e Educação. Aqui está uma pequena amostra de 4 milhões e 700 e tantos trabalhadores e trabalhadoras e 200 milhões de brasileiras que usam o SUS”, completou. “No dia da abertura da conferência, nossa ministra Nísia Trindade assinou um pacto pelo trabalho decente. E é exatamente isso que a gente quer para essa nossa gente que faz o SUS acontecer”, completa a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Isabela Pinto.

Troca de experiências

O compartilhamento de experiências e desafios fortalece as reivindicações por políticas públicas que garantam um SUS mais equitativo, eficiente e humanizado, refletindo as necessidades da população brasileira. O evento celebrou a cultura e a diversidade, destacando a arte como um meio de resistência e transformação social. O Teatro Bacurau do Morhan, composto por conselheiros e conselheiras estaduais de saúde do Rio de Janeiro, foi responsável pela animação do público.

A diversidade de “gentes que fazem o SUS acontecer”, embalada à música, alegria e palavras de ordem, marcou que o cuidado com a saúde caminha de mãos dadas com a democracia.

Daniel Spirin e Raissa Genro
Comunicação Colaborativa 4ª CNGTES CNS/MS

 

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