Abem lança projeto voltado para formação médica com responsabilidade social

Cerimônia de lançamento contou com a presença dos Ministérios da Educação e Saúde.

Fortalecer políticas públicas responsáveis pela abertura, avaliação, monitoramento e reconhecimento das escolas e da educação médica no país, observando também as desigualdades sociais que o Brasil enfrenta. Este é o objetivo do projeto Formação Médica para o Brasil: onde estamos e para onde vamos? Um olhar comprometido com a responsabilidade social do século XXI, liderado pela Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) em parceria com o Ministério da Saúde (MS), Ministério da Educação (MEC) e Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Lançado em dezembro, a iniciativa irá realizar oficinas, através das nove regionais da Abem, para ouvir gestores/as, educadores/as e educandos/as além de entidades da educação médica e das gestões regionais do SUS para identificar os principais avanços e desafios das escolas de medicina.

A atividade de lançamento do projeto, em Brasília, contou com a participação da ministra da saúde, Nísia Teixeira; do ministro da educação, Camilo Santana e do assessor da Secretaria de Relações Institucionais, Mozart Julio Tabosa Tales, além de dezenas de pesquisadores, estudantes e instituições ligadas à medicina que discutiram a temática da formação médica com responsabilidade social em uma oficina de dois dias.

Participantes se dividiram em grupos para discutir potencialidades de cada instituição.

A conjuntura do lançamento do projeto ocorre no momento oportuno para retomar a discussão e alinhar critérios de qualidade para a formação médica, abandonada pelas políticas públicas nos últimos seis anos, além do marco dos dez anos de implantação das diretrizes curriculares, propício para avaliar e sugerir alguns avanços e modificações destas orientações. “Assim como a consolidação do Teste de Progresso numa perspectiva de avaliação seriada dos estudantes dos cursos de medicina”, ressalta Sandro Schreiber de Oliveira, presidente da Abem.

A justificativa da Abem para liderar e fomentar a iniciativa de um projeto voltado para a responsabilidade social do ensino e da educação médica parte, conforme destaca Denise Herdy Afonso, vice-presidente da associação,  da escuta de sua comunidade de associados que totaliza 2/3  das escolas médicas do Brasil. Esse percentual reúne diversas categorias administrativas além docentes e preceptores, graduandos e residentes que manifestam e constroem estas percepções em diferentes oportunidades de encontro nos grupos de trabalho,  congressos regionais, Conferência Livre de Educação Médica,  Conferência Nacional de Saúde  e nos Congressos  Brasileiros de Educação Médica. “Esta capilaridade permitiu o aprendizado de que o Brasil tem oportunidades diversas de organização dos currículos médicos considerando as realidades locais”, salienta Denise.

Oficina de lançamento discutiu formas de qualificar a educação médica.

Com duração prevista de dois anos, o projeto tem ênfase em uma visão sistêmica, reunindo os  Ministérios da Saúde e Educação, que responsáveis por garantir uma formação médica de qualidade. “Essa realização fortalecerá ainda mais ações que aprimorem a formação dos médicos e médicas”, destacou Camilo Santana, Ministro da Educação, no evento de lançamento.

Valorizando o aprendizado do passado, olhando para o presente e projetando o futuro de uma educação médica comprometida com as necessidades da população brasileira, o Projeto busca qualificar os indicadores e dados disponíveis até o momento sobre a formação médica incluindo a disponibilidade de docentes e preceptores, a quantidade e distribuição de especialistas, os vínculos profissionais no país, entre outros para oferecer parâmetros adequados à construção de políticas públicas coerentes com o objetivo central: formação de qualidade com responsabilidade social.  ”Estou confiante no processo de construção democrática dos novos rumos a educação médica”, salientou Nísia Teixeira, Ministra da Saúde.

Assista o vídeo do lançamento

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