No Dia Internacional da(s) Mulher(es) (8 de março), o Grupo de Trabalho Populações (In)Visibilizadas e Diversidades da Abem lembra da luta e conquistas de todas(es) as(es) educandas(es) e educadoras que por meio de suas práticas diárias atuam pela igualdade de direitos e oportunidades.
Segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2020, as mulheres representam 46,6% das(os) profissionais médicas(os) atuantes no Brasil, sendo que há 30 anos elas representavam 30,8%.
Apesar da disso, observa-se a perpetuação de uma série de violências e desigualdades baseadas no gênero no ensino, nas práticas de cuidado em saúde, na pesquisa e gestão. Destaca-se que essas são ampliadas quando agregadas a outros marcadores sociais da diferença, como classe, raça, orientação sexual e etnia, como ocorreu na pandemia da Covid-19.
A invisibilidade de certos temas no currículo médico, como a discussão sobre direitos reprodutivos e da autonomia da mulher sobre seu próprio corpo, do combate à violência obstétrica, especialmente entre as mulheres negras, e da discussão sobre gênero e sexualidade são formas de perpetuar essa violência no currículo médico.
É preciso efetivar a igualdade de gênero conforme preconizado pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, promovendo práticas de ensino, cuidado, pesquisa e gestão que considerem as várias possibilidades existenciais para além de um padrão machista, patriarcal, racista e cis-heternormativo.
Nesse sentido, o Dia Internacional das Mulheres não deve resumir-se a uma data específica, mas significar uma luta cotidiana que passa por mudanças estruturais, simbólicas, políticas, educacionais e econômicas.
>>> Nas fotos, algumas mulheres que contribuíram e contribuem na Abem por uma educação médica pautada pelos direitos das mulheres.
Seguimos adiante juntas(os)(es)!