Dia da Mulher: desafios e vitórias

Neste 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) lembra a desigualdade de gênero na profissão mas também celebra que metade da força associativa, de gestão e administrativa da Abem é de mulheres.

Nos últimos 13 anos as mulheres foram maioria entre os novos registros de médicos e, conforme projeção da Demografia Médica no Brasil 2023, em 2024, estarão em maioria na população total de médicos. Porém homens declaram rendimento superior em todas as faixas etárias, com as mulheres recebendo 64% do rendimento dos homens. A desigualdade de rendimentos de médicos, segundo gênero, é percebida também na pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, o rendimento das médicas também é proporcionalmente menor.

Entre os que escolhem a medicina como profissão, as mulheres representam 62%. Porém, os homens ainda são maioria em 36 das 55 especialidades médicas, segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2023. A docência feminina na medicina responde por 45%, um aumento grande em relação ao levantamento anterior, de 2004, feito pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O percentual reflete nas demais graduações: os homens são 167.384 (52,98%) do total de 315.928 professores da educação superior brasileira, segundo o Censo Escolar 2022, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Na gestão nacional e regional da Abem a representatividade e presença de mulheres é marcante: temos 208 cargos, sendo 111, o equivalente a 53% deles ocupados pelo gênero feminino. A secretaria é composta por 85%,7 de mulheres. Entre nosso quadro de 13.243 associados temos 7.040 mulheres, frente a 5.988 homens.

Contudo, sabemos que mais que presença, é preciso ter igualdade de fala, de remuneração e condições seguras de existir enquanto mulher na sociedade, na medicina, na educação.  É responsabilidade social da educação médica promover equidade de gênero, uma vez que tende a incentivar a  igualdade de gênero na saúde, com homens e mulheres tendo as  mesmas condições e oportunidades para terem plenamente seus direitos e potenciais para serem saudáveis, contribuindo para o desenvolvimento da saúde e se beneficiando dos resultados.

Referências:
https://amb.org.br/wp-content/uploads/2023/02/DemografiaMedica2023_8fev-1.pdf

https://www.paho.org/pt/topicos/equidade-genero-em-saude

https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2023/marco/dia-da-mulher-mulheres-sao-maioria-na-docencia-e-gestao-da-educacao-basica

https://www.poder360.com.br/educacao/so-34-da-pos-graduacao-tem-equidade-de-genero-entre-professores/ 

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