A Associação Brasileira de Educação Médica vem a público manifestar seu repúdio aos cortes financeiros feitos nos orçamentos das universidades públicas brasileiras.
A universidade pública é essencial para o Brasil em todos os seus âmbitos: pesquisa, ensino e extensão.
A maior parte das pesquisas feitas atualmente no Brasil são realizadas por universidades públicas. No campo da saúde, são elas as responsáveis pela maior parte dos estudos, base para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e para a formulação de políticas públicas de saúde.
Para além disso, é a universidade pública o celeiro de formação acadêmica de docentes. Sem ela, não há o provimento de professores para as escolas, sejam elas públicas ou privadas e isso, sobretudo em um momento de sua expansão, causará um verdadeiro “apagão” do ensino superior no país.
Não podemos deixar de sublinhar também as consequências dos cortes nas condições da vida universitária, comprometendo os processos de acesso e permanência estudantil nas universidades. Cortar significa prejudicar substancialmente o processo de formação de estudantes, que virão a ser futuros profissionais.
As restrições financeiras divulgadas traduzem profundo desconhecimento da realidade de um país que tanto depende das universidades. Os cortes causam preocupação e perplexidade perante o futuro da Educação Médica em todo o Brasil, o que trará um impacto perverso na saúde de nossa população.
Não aos cortes orçamentários!