Compreendendo a importância pedagógica que as datas possuem, a Associação Brasileira de Educação Médica, através de seu grupo de trabalho de populações (in)visibilizadas, vem através das redes fazer coro à visibilização da população Trans e Travesti.
O dia 29 de janeiro foi escolhido como data da visibilidade trans, pois foi nessa data, em 2004, que foi lançada a campanha “Travesti e Respeito”, onde pela primeira vez, lideranças do movimento trans e travesti marcaram presença no Congresso Nacional para falarem sobre a realidade dessa população.
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/UNESP) mostrou que 2% da população adulta brasileira é formada por pessoas transgênero ou não-binárias. São cerca de 4 milhões de pessoas em números absolutos. Demonstrando um % semelhante aos países europeus.
No entanto, segundo o Dossiê “Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras” da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), o Brasil é o país com mais mortes dessa população do mundo pelo 14⁰ ano consecutivo.
Será que nossas graduações em Medicina estão formando médicos sensibilizados e com conhecimento técnico para acolhimento dessa população?
Conforme a política nacional de saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, a garantia ao atendimento à saúde é uma prerrogativa de todo cidadão e cidadã brasileiros, respeitando-se suas especificidades de gênero, raça/etnia, geração, orientação e práticas afetivas e sexuais.
Saúde sem preconceito e sem discriminação!
Referências:
https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/um-longo-caminho-para-a-saude-universal