Em 17 de Maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde reconhecia que homossexualidade não era doença ou distúrbio, resultando na exclusão do termo da Classificação Internacional de Doenças (CID). Mesmo 34 anos após essa resolução, a cada 38 horas uma pessoa LGBTQIA+ morre de forma violenta no país. Mesmo 34 anos após essa resolução, o Brasil permanece sendo o mais transfóbico do mundo.
A comunidade LGBTQIA+ historicamente enfrenta opressões que afetam diretamente na saúde e legitimação da sua cidadania. A Educação Médica historicamente cisheteronormativa resulta, ate na atualidade, no não reconhecimento de tais violências que afetam diretamente o processo saúde-doença que permeiam tal população.
É necessária a garantia da inclusão curricular da temática de saúde LGBTQIA+ na Educação Médica, conforme disposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Medicina, a fim de promover o cuidado pautado na equidade e universalidade. Além disso, é imperioso assegurar o acesso e permanência de discentes LGBTQIA+ na Graduação, para que os muros das IES não sejam barreiras para a comunidade.
ABEM na luta contra a LGBTQIA+fobia
Referências:
-Borges, Isabela Souza Cruvinel et al. Representatividade LGBT+ na Educação Médica e Covid-19: Construindo Redes de Cuidado e Solidariedade. Revista Brasileira de Educação Médica [online]. 2020, v. 44, n. Suppl 01 [Acessado 17 Maio 2024], e129.
-Mortes e violência contra LGBTI+ no Brasil Dossiê 2023/ Acontece Arte e Política LGBTI/ ANTRA AGBLT, 2024